Iolando Lourenço e Gabriela Guerreiro
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O PP está otimista com a possibilidade de receber um lugar no primeiro escalão do governo com a reforma ministerial que será anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na opinião do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), é difícil o partido ficar fora das mudanças que serão promovidas por Lula. "Eu não acredito que isso vá acontecer, porque nós temos vários elementos no governo que têm bom senso e vão aconselhar o presidente a tomar a melhor decisão. Eu, pepista, só posso desejar que ele dê um bom ministério para o PP. Essa é a minha posição pessoal", afirmou.

Cavalcanti admitiu que o PP ficará "desprestigiado", caso não receba um ministério. Dentro ou fora do primeiro escalão do governo, o presidente da Câmara garantiu que o partido vai manter a sua posição de independência. "No próprio PT, não tem unidade. Como é que eu vou garantir unidade do PP? O PP tem bom senso, é composto de homens que procuram servir ao país. O partido apoiou o governo Lula naquilo que muitas vezes os petistas não apoiaram", ressaltou.

O presidente da Câmara não quis opinar sobre nomes do partido para ocupar uma possível pasta. "Eu não tenho candidato. A minha decisão vai ter peso depois que a bancada decidir. Se eu estivesse no lugar do presidente, eu teria as providências tomadas. Mas, como sou presidente da Câmara, eu tenho que tomar as providências do presidente da Câmara. Quem sabe é o Lula", resumiu. Cavalcanti espera, no entanto, que o governo ofereça ao PP um ministério "de peso".