Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, recebe logo mais às 15 horas, um grupo de esposas de militares das Forças Armadas. Elas reivindicam os 23% de reajuste salarial "prometidos pelo governo desde 2004", conforme a liderança do grupo. No domingo (6), as mulheres fizeram um protesto na cerimônia da troca da Bandeira Nacional, na Praça do Três Poderes, e, depois de conversarem informalmente com Alencar, agendaram uma reunião para hoje no Ministério da Defesa.

No rápido contato com as cerca de 150 manifestantes, o ministro disse que o governo "examinará as reivindicações com total apreço", mas que o problema orçamentário é que possibilitará ou não a disponibilidade dos recursos, "não depende apenas do Ministério da Defesa".

De acordo com uma das líderes do movimento, Ester Araújo, em 2004, o governo ofereceu 10% de reajuste salarial a partir de setembro, deixando outros 23% como uma segunda parcela, a ser paga a partir de março deste ano.

Ester lembrou hoje que, além desse pedido principal, uma pauta de mais de 30 reivindicações será entregue ao ministro da Defesa, com destaque para o retorno do auxílio moradia, a questão da efetivação do Plano de Carreira unificado entre as três Forças; os 20% a título de adicional de compensação orgânica para quem trabalha com raio X ou substância especial ou radioativa e soldo, no mínimo de soldado engajado, para os praças especiais (soldado cidadão.

"Todas essas reivindicações constam da Medida Provisória 2215, que está engavetada desde 2000, e que queremos ver votada pelo Congresso Nacional", afirmou Ester.