Elisângela Cordeiro
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recebeu alta do Instituto do Coração (Incor) de São Paulo, onde estava internada desde ontem (25). Ao deixar o hospital, ela afirmou
que vai dar continuidade às ações que vem desenvolvendo no Pará e que esse trabalho será revezado com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto. "A determinação é de não diminuir as atividades que temos planejado e as ações que precisam ser tomadas", disse.
Marina Silva foi internada nessa sexta-feira (25) com dores toráxicas. Depois de ser submetida a exames cardiológicos, como ecocardiograma e eletrocardiograma, ficou afastada a hipótese de infarto do miocárdio e complicações respiratórias. Segundo a assessoria de imprensa da ministra, os médicos constataram que as dores na região toráxica são resultado de uma hérnia de disco - compressão de um nervo da espinha, causada pelo deslocamento de amortecedores da coluna. Segundo orientação médica, ela deve fazer fisioterapia nos próximos dias e usar um "colar cervical" para aliviar a dor e distender a coluna vertebral.
A ministra afirmou, à saída do Incor, que considera "consistente" o trabalho que a Polícia Federal tem feito no Pará para reduzir os conflitos no campo. Lembrou que a parte de segurança e investigação dos crimes ocorridos na região - entre eles o da missionária norte-americana Dorothy Stang - cabe ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal. Quanto à administração das ações desenvolvidas pelo escritório de apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) instalado no Pará, Marina disse que também vai dividir o trabalho com o ministro Miguel Rosseto.
A ministra retorna a Brasília ainda hoje. Por orientação médica, deve manter repouso e tomar medicamentos nos próximos dias.