Superintendente do Incra de Pernambuco pede ajuda ao Exército

17/02/2005 - 9h17

Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife - Em conseqüência do aumento do índice de conflitos agrários em Pernambuco, que resultaram no assassinato de um policial em um assentamento no município de Quipapá, na Mata Sul e de dois trabalhadores rurais, em Passira, na Mata Norte, a superintendente do Incra em Pernambuco, Maria de Oliveira, decidiu solicitar ao ouvidor agrário nacional, Gercino Silva, a colaboração do Exército nas ações de desarmamento no campo. O pedido será formalizado na terça-feira (22), quando Maria de Oliveira viaja para Brasília.

Ela destacou que as iniciativas de desarmamento serão desencadeadas por uma força tarefa composta por policiais federais, civis e militares, além de representantes do Ministério Público e de movimentos sociais de direitos humanos. Maria de Oliveira esclareceu que os militares do Exército não vão contribuir apenas no recolhimento de armas e munições, mas também vão atuar na repressão a ações de pessoas suspeitas.

De acordo com a superintendente, a idéia é devolver a paz ao campo, já que os conflitos agrários são os principais empecilhos para viabilizar a implantação da reforma agrária. A meta do Incra para este ano é assentar sete mil famílias de trabalhadores rurais que já estão cadastradas em todo o estado.