Palmas - Até a metade da manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal prendeu 14 pessoas acusadas de pertencer a uma quadrilha de grileiros que agia nos municípios de Palmas, Colinas do Tocantins, Bandeirantes, Presidente Kennedy, Guaraí e Tupiratins. A ação faz parte da Operação terra Nostra, que envolve cerca de 150 policiais federais.
Há cerca de um ano a Polícia Federal em Tocantins investiga a atuação de um grupo que agia principalmente na cidade de Colinas do Tocantins, a cerca de 270 quilômetros da capital. Os integrantes da quadrilha atuavam na grilagem de terras em áreas sem título de domínio no norte do estado. As terras nessa região atraem o interesse por serem de grande valor para o plantio de soja.
Os acusados falsificavam de posse das terras, forjavam contratos de cessão de direitos de posse para fazendeiros de outros estados. Depois disso, ameaçavam os interessados na negociação para que desistissem da compra e devolviam menos da metade do valor pago. O grupo era chefiado por Luis Carlos Fagundes, segurança do candidato derrotado à prefeitura de Bandeirantes, Josafá Camilo.
Integram a quadrilha o advogado Ronaldo de Sousa Assis, a tabeliã do Cartório de Registros de Imóveis da cidade de Tupiratins, Lucinete de Souza da Silva Araújo, além de pistoleiros, corretores de imóveis, oficiais de Justiça e policiais civis.
O material arrecadado e os acusados presos serão encaminhados à Superintendência da Polícia Federal, em Palmas, para indiciamento pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, ameaça, extorsão, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos, esbulho possessório (retirada violenta dos bens de alguém), corrupção e outros crimes previstos no Código Penal Brasileiro.
As informações são da Superintendência da Polícia Federal em Tocantins.