Pará: secretário nega omissão e quer solução de problemas sociais e fundiários

17/02/2005 - 18h56

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O secretário Especial de Defesa Social do Pará, Manoel Santino, disse hoje que o Estado não está omisso em questões de segurança, mas qualquer ação se torna pouco suficiente se não forem resolvidos problemas sociais e fundiários.

"Eu não quero transferir responsabilidades para esconder fragilidades. Não é essa a questão. Providências são tomadas, mas, numa situação em que não se ataca a raiz do problema, qualquer segurança, qualquer atividade onde existem centenas e até milhares de pessoas em situação de risco e qualquer proteção pessoal se mostra muito pouco eficiente", declarou Santino.

Para o secretário, se for eliminada a desorganização fundiária e implantada uma efetiva reforma agrária, não haverá mais violência no campo. Santino informou que o Pará está realizando tudo o que está ao seu alcance para garantir a segurança, como a construção de companhias operacionais da Polícia Militar em Novo Progresso e São Felix do Xingu e a delegacia de polícia em Anapu.

Além disso, ele disse que foram desenvolvidas seis grandes operações nas áreas de Anapu, Novo Progresso, São Félix e Altamira: "Nós estamos conscientes do que foi possível fazer e os nossos programas de proteção a vítima e testemunha em conjunto com o governo federal foram colocados a população".

O secretário garantiu ainda que a lei vai ser cumprida no estado e, para isso, conta com a conjugação de esforços das polícias do Estado, Federal e do Exército: "É importante que todos saibam que ninguém está acima da lei, que não se pode afrontar o estado brasileiro, o princípio da autoridade que rege a paz para todos os cidadãos brasileiros achando que está acima, seja madeireiro, produtor rural, grileiro, sem-terra, assentado, acampado, bandido. Todos nós temos que estar sob o império da lei".