Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Depois de reunião de cerca de duas horas com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, disse que está confiante em mudanças na Medida Provisória 232.

Segundo Skaf, há abertura para mudanças em quatro pontos que, para ele, são básicos: a taxação dos pequenos produtores rurais; a redução dos poderes do Conselho de Contribuintes da Receita Federal; o aumento de 32% para 40% sobre a área de serviços (com mudança na base de cálculo da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido – CSLL) e a taxação dos vencimentos recebidos no exterior pela variação cambial.

Skaf informou que, na próxima quinta-feira (17), deverá haver outra rodada de entendimentos, provavelmente no Ministério da Fazenda, em torno dessas questões. Ele disse que não se trata de o governo recuar na MP, mas de discutir democraticamente uma questão de grande importância na economia. De acordo com o presidente da Fiesp, o ministro Palloci foi receptivo em discutir esses assuntos.

Ele acrescentou que a Fiesp pretende também atuar junto aos parlamentares, no Congresso Nacional, para que esses instrumentos sejam adotados de maneira menos danosa. Skaf criticou os gastos públicos, que classifica de um "câncer" na economia, aumentando a carga tributária, e os juros elevados em vigor no país.