Para presidente da Câmara dos Deputados Greenhalgh será eleito no primeiro turno

11/02/2005 - 12h29

Ellis Regina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), disse hoje que uma avaliação pessimista para eleição do seu sucessor na próxima segunda-feira (14) prevê que o candidato oficial do PT, deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), terá 253 votos na disputa com os outros quatro candidatos que concorrem à vaga. Com os votos do PSDB, na avaliação do parlamentar, Greenhalgh será eleito com cerca de 260 votos.

Num café da manhã com dez ministros e líderes da base aliada, o deputado petista pediu a todos empenho neste fim de semana para conseguir votos para eleger Greenhalgh no primeiro turno. "Eleição com essa característica de recesso parlamentar e carnaval, tende a ficar mais quente exatamente na véspera e é nesse momento que todos precisam se dispor a ajudar", observou

João Paulo informou que Greenhalgh participa hoje de um jantar com parlamentares da bancada ruralista como parte da agenda de campanha. No domingo (13), a bancada do PT se reúne para tratar ainda da eleição. Participaram do encontro com João Paulo, os ministros da Casa Civil, José Dirceu, das Comunicações, Eunício Oliveira, da Agricultura, Roberto Rodrigues, da Fazenda, Antônio Palocci, do Turismo, Walfrido Mares Guia, da Integração Nacional, Ciro Gomes, da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, dos Transportes, Alfredo Nascimento e da Coordenação Política, Aldo Rebelo e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, ministro Jacques Wagner.

Até agora, cinco candidatos disputam a vaga pela presidência da Câmara. Além de Greenhalgh, registraram oficialmente suas candidaturas, Virgílio Guimarães (PT-MG), José Carlos Aleluia (PFL-BA), Severino Cavalcanti (PP-PE) e Jair Bolsonaro (PFL-RJ). João Paulo disse que a coordenação de campana de Greenhalgh não trabalha com a hipótese de desistência de Virgílio. "Todos eles têm o seu apoio, as suas virtudes, mas vamos ressaltar neste momento a importância da unidade dos partidos e da tradição na Casa", concluiu.