Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O coordenador da Comissão de Economia e Mercado da Associação e Sindicato dos Bancos do Rio de Janeiro (Aberj/Sberj), Alexandre Póvoa, disse hoje que o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) erra quando considera que os bancos brasileiros não têm competitividade. Segundo ele, em termos de tecnologia, atendimento a clientes e serviços pela Internet, os bancos nacionais não devem nada às instituições internacionais.
Póvoa avaliou que talvez a competição não seja tão forte como desejado em função da demanda ainda baixa no país e também pelo volume de crédito na economia, reduzido em relação ao PIB. Disse que a parcela da população que tem conta em banco é muito baixa, equivalendo hoje a 15% do total. Além da demanda ser pequena, a qualidade da demanda não é boa e, em consequência, o serviço ao cliente não é tão bom.
Com relação ao spread bancário, além da carga tributária muito elevada, o volume de crédito na economia, ou seja, o montante de dinheiro emprestado, é muito baixo: 27% do PIB. Póvoa pondera que "quando a economia nacional voltar a crescer de forma mais consistente, o volume de crédito tende a se expandir e a competição vai aparecer".