Prefeito de Porto Alegre pede aumento no teto do repasse federal para saúde

03/02/2005 - 18h56

Brasília, 3/2/2005 (Agência Brasil - ABr) - Na primeira visita ao Palácio do Planalto depois da posse, o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, pediu ao presidente Lula aumento no repasse federal para a saúde. Atualmente, o teto para a cidade está fixado em R$ 31 milhões. "Cerca de 70% da população dependem do Sistema Único de Saúde. Queremos ampliar o universo de consultas e cirurgias", explicou Fogaça.

O prefeito da capital gaúcha também pediu ao presidente apoio para aumentar o número de beneficiados pelo Bolsa Família na capital gaúcha. Das 46 mil famílias cadastradas na cidade, 24 mil participam do programa de transferência de renda federal. Sobre as denúncias de irregularidades, Fogaça ressaltou que até o momento nenhum caso foi identificado em Porto Alegre.

"O presidente tem razão: o importante é saber que o Bolsa Família, como um todo, é um programa vencedor. Cabe aos municípios que cadastram criar os meios de fiscalização e fazer com que as metas sejam atingidas", sugeriu o prefeito.

Filiado ao PPS, Fogaça pôs fim a uma administração petista de 16 anos na capital do Rio Grande do Sul. Na reunião no Planalto, ele encontrou um ex-prefeito de Porto Alegre, o ministro das Cidades Olívio Dutra, e o presidente do PT, José Genoíno. "Foi uma reunião positiva. O presidente tem um vínculo enorme com Porto Alegre e deseja demonstrar isso independentemente da mudança de governo", avalia o ex-senador.

Sobre o afastamento do PPS do governo federal, Fogaça alertou para o comprimisso que o partido deve manter com a "governabilidade" e se posicionou contrário ao rompimento, oficializado em reunião do diretório nacional no dia 11 de dezembro, no Rio de Janeiro.