Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) vai começar este ano a medir o desenvolvimento industrial. O assunto já foi tratado com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, que demonstrou interesse em estreitar os laços do setor industrial fluminense com o instituto.

O anúncio foi feito à Agência Brasil, no Rio, pelo presidente do Inmetro, João Jornada. O intercâmbio de visitas dos titulares das duas instituições representa o início de uma parceria mais ampla, que será efetivada, garantiu Jornada. Segundo ele, o mesmo trabalho será processado com outras federações estaduais.

A aproximação permitirá ao Inmetro escolher as prioridades na área da Ciência e Tecnologia que permitam ao órgão atuar de forma mais eficiente, como um agente efetivo de apoio ao desenvolvimento industrial, ao fortalecimento das exportações, seguindo as diretrizes da política industrial e as diretrizes do Ministério do Desenvolvimento, afirmou.

Nesse sentido, a infra-estrutura de metrologia científica do Inmetro será reforçada, através da construção de dois laboratórios de química e de materiais, orçados, respectivamente em R$ 65 milhões e R$ 62 milhões. Os recursos virão de fundos setoriais e do Tesouro, informou Jornada.

Outros instrumentos com a finalidade de dar sustentação ao desenvolvimento da indústria já estão funcionando, entre os quais o serviço "Alerta, exportador!", disponibilizado no site do Inmetro gratuitamente, que dá apoio às empresas que desejam exportar para diferentes mercados. O serviço municia os empresários com informações sobre os requisitos dos países compradores, auxiliando-os a detectar eventuais barreiras técnicas aos embarques de produtos do Brasil
e a tomar as medidas cabíveis para contorná-las.

Os serviços metrológicos de calibração de instrumentos cada vez mais sofisticados e complexos que a indústria está usando são também disponibilizados pelo Inmetro, através da interação com organismos internacionais, para dar infra-estrutura às empresas.

O Inmetro trabalha também na área da difusão do conhecimento, tendo em vista que um dos componentes mais importantes da nova política industrial envolve a inovação e a modernização. "Essas questões todas estão ligadas ao conhecimento. Não ao conhecimento genérico, mas a conhecimentos mais específicos, técnicos, detalhados", explicou.