Alimentos pressionam a alta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal ( IPC-S)

03/02/2005 - 11h08

Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio - Após duas semanas sem alteração o preço dos alimentos interromperam o ritmo de desaceleração e subiram de 1,13% para 1,20%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Semanal ( IPC-S), de 26 de janeiro passado. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a maior pressão veio do item hortaliças e legumes que passou de 4,99% para 6,45% e foi responsável por aproximadamente a metade da taxa registrada para todo o grupo.

Entre os produtos que mais subiram estão, a batata inglesa (de 5,07% para 13,90%); cenoura (de 23,34% para 25,78%): banana prata (de 11,42% para 14,29%) e laranja pêra (de 12,86% para 14%). As maiores quedas foram registradas no preço do limão (passou de -4,93% para -41,34%); uva (-12,35% para -14%); arroz branco (-8,86 para -10,60%); arroz parbolizado (-3,36% para -4,32%) e alho (-2,43% para -2,54%).

No grupo Habitação, verificou-se alta nos materiais para limpeza (1,11% para 1,36%), na tarifa de telefone celular (0,86% para 1,74%) e mobiliário ( 2,15% para 2,70% ) que pressionaram o índice geral do setor passando de 0,49% para 0,58%. A tarifa de água e esgoto, que subiu de 2,24% para 2,27% continua a exercer forte influência sobre o grupo.

A trajetória de queda que era observada no setor de vestuário se inverteu nesta última pesquisa do IPC-S. A taxa passou de 0,58% para 0,65%. De acordo com a FGV, a aceleração se explica principalmente pelo aumento do preço dos calçados (passou de 0,68% para 1.03%).

A taxa do grupo Educação, Leitura e Recreação voltou a registrar a maior aceleração (0.78 pontos percentuais) e a maior variação (2,84%) em relação às demais classes de despesa familiar, com destaque para os preços das mensalidades escolares que continua registrando aceleração.

O único grupo a apresentar redução de preços foi o de Transportes, que passou de 0,49% para -0,08%. O preço da gasolina (0,88% para -018%), álcool combustível ( -0,09% para -0,91%), tarifa de ônibus urbano (0,10% para -0,20%) e tarifa de táxi (-1,29% para -4,89%) contribuíu para a desaceleração do índice. Já no grupo de Despesas Diversas houve variação superior à apurada na semana anterior. A taxa passou de 0,99% para 1,13%.

Os dados foram coletados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, entre os dias 27 de dezembro de 2004 e 26 de janeiro de 2005, comparados aos coletados entre os dias 27 de novembro a 26 de dezembro do ano passado.