Pesquisas com células-tronco poderão ser ampliadas para outras doenças

02/02/2005 - 13h22

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Estudo Multicêntrico Randomizado de Terapia Celular em Cardiopatias consolidará a posição de destaque do Brasil nessa área e provará que o investimento em ciência, tecnologia e inovação em saúde tem impacto social positivo e ainda gera retorno econômico. Para o ministro da Saúde, Humberto Costa, o país pode assumir a liderança na área.

"Muito do que se está fazendo hoje no mundo, em termos de pesquisa com células-tronco, vem sendo acompanhado e feito no país. Temos recursos humanos para isso, pesquisadores qualificados, e acreditamos que podemos investir nessa área e ter uma posição de liderança nesse processo. Ou, no mínimo, não termos uma grande defasagem tecnológica, comparando-se a outros países", avaliou Costa.

Ele ressaltou também que a iniciativa, ao usar tecnologia de ponta, poderá ampliar as pesquisas para cura de outras doenças. Registrou que o ministério da Saúde apoiará, também neste ano, estudos com células-tronco retiradas de cordão umbilical e de pacientes adultos para o tratamento de lesões de medula espinhal, diabetes, doenças degenerativas, regeneração de tecidos (do osso, dentes e pele), doenças genéticas e doenças auto-imunes (como o lúpus).

Os recursos para esses estudos, aproximadamente R$ 5 milhões, virão do Fundo Setorial de Biotecnologia, gerido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. "Em 2005, será a fase de estudos com animais. Os exames clínicos em pessoas devem ficar para 2006", explicou Costa. Para o ministro, as terapias celular e genética são o que há de mais avançado e promissor para garantia de cura de diversas doenças.