Confiança do consumidor na economia é a mais alta desde 2002

02/02/2005 - 12h26

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - A confiança do consumidor na economia do país atingiu em janeiro o seu melhor momento desde outubro de 2002, quando a Fundação Getúlio Vargas realizou a primeira Sondagem de Expectativas do Consumidor. A expectativa média de inflação para 2005 ficou em 9%, ligeiramente inferior aos 9,1% apurados em dezembro.

No entanto, os números da décima quarta edição da pesquisa divulgados nesta quarta-feira apontam queda no otimismo para os próximos seis meses. Para o professor Fernando de Holanda, coordenador do estudo, os últimos resultados não são preocupantes, pois mostram que o consumidor continua acreditando na política econômica do país e está consciente de que este ano o crescimento da economia não será tão forte como no ano passado.

"Esta pesquisa é uma espécie de termômetro. No ano passado, houve um crescimento exuberante da economia, com melhoria nas questões de emprego e da renda do consumidor. Por outro lado, teve a dificuldade do governo de controlar a inflação na meta estipulada pelo Banco Central. Para este ano, a expectativa é de um crescimento menor, mas a elevação da taxa de juros vai aliviar a pressão no mercado de bens e serviços", explicou Holanda.

De acordo com a pesquisa, a situação econômica do país foi considerada boa por 13,3% e ruim por 33,4% dos entrevistados. A diferença entre os dois extremos é a menor de toda a série histórica. A situação econômica da família, em janeiro, estava boa para 13,6% e ruim para 19,1% dos consumidores, resultado ligeiramente inferior ao apurado em dezembro (16,2% e 21,5%, respectivamente).

A parcela de consumidores que consideraram a situação econômica da família melhor do que há seis meses subiu de 18,9% para 21,3%. No mesmo período houve uma redução de 15,1% para 12,0% dos que achavam a situação pior.

O estudo aponta, no entanto, que houve piora quanto à situação futura do país. A confiança caiu de 46,4% para 45,4% entre dezembro e janeiro. Em relação à situação econômica da família a parcela de consumidores otimistas com os próximos seis meses também caiu: de 56,7% para 56,1%. Já a avaliação relativa ao mercado de trabalho continuou evoluindo, tendo apresentado em janeiro o melhor resultado desde janeiro de 2004.