Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil
Rio - O cronograma das operações integradas entre a Polícia Federal e as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro já está definido. A primeira operação no estado foi realizada na semana passada no morro da Mangueira. O secretário de Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, não quis adiantar os locais e datas das novas incursões das polícias, mas disse que a idéia é aumentar cada vez mais a quantidade de operações conjuntas.
Itagiba participou da inauguração do primeiro Laboratório de Genética Forense, conhecido como Laboratório de DNA. O governo do estado gastou aproximadamente R$ 2 milhões na compra de equipamentos, treinamento de pessoal e construção do prédio, que foi instalado na Academia da Polícia Civil, no centro da cidade. Com a inauguração, a Polícia Civil do Rio é a primeira do país a ter um laboratório exclusivo para exames genéticos voltados às investigações criminais.
Para o secretário, o novo laboratório é um grande avanço tecnológico. "Nós estamos qualificando pessoas e comprando equipamentos adequados para dar um salto de qualidade na coleta da prova técnica nos inquéritos policiais", ressaltou. Ele explicou que os exames vinham sendo realizados em laboratórios de universidades e não eram feitos por peritos criminais, como determina o Código de Processo Penal, o que muitas vezes atrasava e dificultava as investigações.
De acordo com o chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, eram gastos aproximadamente R$ 30 mil por mês no pagamento dos exames - cada amostra para o teste custa em média R$ 300. O novo laboratório tem capacidade para realizar 20 exames por semana e, segundo Álvaro Lins, dependendo da complexidade, o resultado pode sair em 24 horas.