Rosamélia de Abreu
Repórter da Rádio Nacional
Brasília - A produção da castanha de caju está recebendo apoio para se desenvolver nos estados. Em todo o país, 280 mil pessoas trabalham na atividade da castanha de caju comandada, principalmente, por pequenos e médios produtores. Para aumentar a renda do agricultor, o governo está incentivando a venda do produto beneficiado.
Com o apoio da Embrapa, Sebrae, Banco do Brasil e Banco do Nordeste, os produtores estão conseguindo instalar minifábricas, que geram 30 empregos diretos cada uma. Organizados em associações, os pequenos produtores recebem treinamento para beneficiar a castanha, financiamento de R$ 140 mil para a instalação da minifábrica, além de aprender como administrar o negócio.
Para o produtor Francisco das Chagas, presidente da Cooperativa Agroindustrial de Caju, na cidade de Pacajus, no Ceará, entre os benefícios para o agricultor está o fim da figura do atravessador. "Antes, a nossa experiência era só com a colheita, e repassar a matéria prima para o atravessador. Com a implantação da minifábrica, além dos três meses de colheita nós agora trabalhamos no resto do ano com o beneficiamento da castanha", comemora o agricultor.
Desde o início do desenvolvimento do programa, já foram implantadas minifábricas no Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas, Tocantins, Rio Grande do Norte e Bahia. De acordo com Vítor Hugo de Oliveira, Chefe de Comunicação e Negócios da Embrapa Agroindústria Tropical, em um segundo momento serão criadas unidades centrais, que vão embalar e garantir a venda do castanha para outros países. "Na unidade central a castanha será embalada a vácuo, acondicionada em caixas e posteriormente em containeres e enviadas para o exterior, explica o representante da Embrapa.
O Brasil vendeu no ano passado US$ 150 milhões de castanha para outros países. Atualmente o quilo da castanha no mercado internacional está em torno de R$ 18.