Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário-geral da Presidência da República, ministro Luiz Dulci, destacou hoje a importância de o governo dar prioridade a uma política pública específica para a juventude. "Os jovens não podem ficar diluídos em outras políticas, fecundas, legítimas, mas nas quais a identidade e a singularidade da questão juvenil se perdem", disse o ministro, ao participar da assinatura da medida provisória que cria o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), no Palácio do Planalto.
Ao discursar, o secretário-geral lembrou que a juventude não é um problema. "É parte da solução", afirmou Dulci. Segundo ele, investir na juventude é investir no país.
Dulci afirmou que o programa não será assistencialista. "Um programa que assegura educação, inclusão digital e formação profissional dá aos jovens condições de disputar no mercado de trabalho. Não tem nada de assistencialismo nisso, embora assistência social para quem precisa seja necessária. Este é um programa para libertar os jovens da necessidade de ajuda", disse.
O ProJovem tem como objetivo promover a aprendizagem, inclusão digital e qualificação profissional básica de jovens de 18 a 24 anos. O público-alvo são moradores das capitais, excluídos do mercado formal de trabalho e que não concluíram o ensino fundamental. Os beneficiados terão uma bolsa de R$ 100 mensais num período de 12 meses. Em troca, devem desenvolver, nesse período, ações sociais em suas próprias comunidades.
A meta do governo, para 2005, é incluir gradativamente 200 mil alunos no novo programa em todas as capitais. Os recursos a serem investidos estão na ordem de R$ 300 milhões. O programa será coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria com os Ministérios da Educação, do Trabalho e do Desenvolvimento Social.