Brasília, 28/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - Brasil, Índia, Moçambique, Madagascar, Angola e Nepal são alguns dos países com maior incidência de hanseníase no mundo. Todos têm mais de um caso para cada grupo de 10 mil habitantes, índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce e o tratamento são a chave para acabar com a doença. Mas o preconceito ainda é considerado um problema. Hernani Pinto Barbosa, de 54 anos, viveu com hanseníase durante 25 anos, sem saber o quê tinha. "Ainda tem muito preconceito, sim. Inclusive de médicos e enfermeiros. Uma vez, uma enfermeira se recusou a fazer o meu curativo", contou.
Segundo ele, foi difícil descobrir que estava com hanseníase, e o nome "lepra" sempre o assustou. "Eu fugia do médico e ele fugia de mim", disse Hernani, enfatizando que a hanseníase é uma doença silenciosa, que causa constrangimentos. Hoje, Hernani milita pela causa. Ele tocou acordeom com desenvoltura na celebração do Dia Mundial de luta contra a Hanseníase, hoje, no Ministério da Saúde.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que, apesar de terem sido reduzidos os índices, no Brasil, a hanseníase ainda é uma doença com alta prevalência. "Até dezembro deste ano, vamos reduzir os números e alcançar a meta recomendada pela OMS", disse o secretário.