Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) aceitou hoje o pedido de exoneração do Administrador Regional da Funai em Manaus, Benedito Rangel de Morais, cuja saída foi uma das reivindicações de indígenas que ocuparam a sede do órgão na capital amazonense no início de janeiro.

A Funai enviou para Manaus um administrador substituto para negociar com os índios. Na última segunda-feira (24) foi realizada uma audiência pública na cidade e ficoui decidido que apenas uma comissão de índios ficaria na sede para negociar com o administrador interino.

Está marcada para amanhã nova audiência na justiça federal sobre o caso. Em nota, o presidente interino da Funai, Roberto Lustosa, lamenta a perda de um "grande profissional" para a instituição e garante que, futuramente, outras missões de caráter indígena, ainda mais relevantes, serão delegadas a ele.

Cerca de 100 índios ocuparam a sede da Funai no mês passado. Além da saída do administrador Benedito Rangel e a nomeação de um índio para o cargo, os participantes da ocupação exigiam a demarcação de terras no município de Autazes (AM).

Um dos líderes da manifestação, Jecinaldo Barbosa, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), disse, logo no início da ocupação, que Rangel não atendia às reivindicações indígenas e "engavetava" processos.