Brasília, 25/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, anunciou nesta terça-feira que uma nova linha de transmissão elétrica será inaugurada no Espírito Santo no dia 30 de março. O objetivo é estabilizar a distribuição e evitar novos desligamentos da rede na região. A linha, Ouro Preto-Vitória, será a segunda opção local para recebimento de energia elétrica.
O anúncio foi feito pela ministra em Vitória, após uma palestra sobre a situção elétrica estadual. "São investimentos que já estão em andamento e que sem dúvida nenhuma vão resolver o tradicional déficit de energia do Espírito Santo, que é uma ponta do sistema. Com a conclusão da linha Ouro Preto-Vitória nós vamos ter uma outra situação, porque a linha é um anel e vai colocar o Estado dentro do sistema elétrico", explicou.
O investimento, de acordo com Dilma Rousseff, será de R$ 300 milhões, dinheiro a ser usado também na ampliação da subestação de Vitória. "O sistema está muito mais confiável, suporta qualquer contingência. Além disso, passará a ser uma rede com o padrão do sistema interligado nacional", ressaltou.
Há ainda, acrescentou a ministra, previsão de investimentos privados para viabilizar a utilização de gás natural como fonte geradora de eletricidade até 2009. "Com isso tudo e mais outras ampliações e reforços que são sempre necessários, acredito que a situação que vamos atingir em 2005 será permanente. Essas construções darão uma grande confiabilidade", acentuou.
Dilma Rousseff revelou também que essas obras não excluem melhorias a serem feitas em outros estados. E que com elas o País não corre risco de novos apagões. "O Brasil tem energia e transmissão suficiente para agüentar o crescimento da demanda e não torná-la um obstáculo. Isso significa que no Brasil não há apagão. Quando a gente insiste que não há apagão, passamos a real situação do País", assegurou.
De acordo com a ministra, os casos de falta de energia que vêm ocorrendo nos últimos meses são chamados de desligamento das redes de transmissão. E, segundo ela, não é possível impedir este tipo de incidente. "O Brasil pode ter desligamentos como qualquer sistema elétrico. O sistema opera para ter desligamento", explicou.