Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Produto Interno Bruto (PIB) deste ano deve crescer 3,70% na previsão de analistas de mercado e instituições financeiras consultados pelo Banco Central. Houve melhora acentuada, portanto, em relação à expectativa inicial de 3,50%, elevada para 3,65% na pesquisa da semana passada.

O número consta do Boletim Focus, distribuído hoje (24) pelo BC, que estima melhora do PIB (soma das riquezas produzidas no país ao longo do ano) também no ano que vem, pois a projeção inicial, de 3,70%, foi ampliada para 4%.

De acordo com a expectativa dos pesquisados, a taxa de câmbio no final do ano será de R$ 2,90 (contra R$ 2,93 na semana anterior), com redução também na projeção para 2006, que cai de R$ 3,10 para R$ 3,08. Isso, com base na manutenção da previsão da taxa básica de juros (Selic) em 16% neste ano e 14,50% no ano que vem. A previsão anterior para 2006 falava em 14,25%.

O mercado manteve inalteradas as projeções de U$ 26 bilhões para o saldo da balança comercial; de US$ 13 bilhões para a entrada de investimentos estrangeiros diretos; de US$ 3 bilhões para o superávit de contas correntes externas; e crescimento de 4,50% para a produção industrial.

Com exceção da evolução dos juros básicos, retomada em setembro último, os demais indicadores de mercado dão sinais positivos para o contexto macroeconômico. Como resultado, a relação entre dívida líquida do setor público e o PIB tende a cair mais um pouco. A projeção do primeiro Boletim Focus do ano, de que 2005 terminaria com relação dívida/PIB de 52,05%, caiu para 51,60% na semana passada, e agora está em 51,55%; com previsão de 50% em 2006.