Projeto piloto: eclusas dos rios Tucuruí-Tocantins e metrô de Belo Horizonte terão recursos

21/01/2005 - 14h20

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Dentro do Ministério dos Transportes, uma das oito obras que integram o projeto piloto do governo brasileiro e FMI de repercussão econômica importante é a finalização das eclusas dos rios Tucuruí-Tocantins. As eclusas que tornarão mais 700 quilômetros de rio navegáveis estão em construção há mais de 20 anos. "O governo quer concluir essa obra até 2006. São necessários R$ 400 milhões para isso", disse Passos. Segundo o secretário, o orçamento 2005 no âmbito do projeto piloto prevê o uso de R$ 151 milhões para a continuidade da construção da eclusa. A área que se tornará navegável é de grande importância econômica por incluir pólos agrícolas e de produção mineral. Serão beneficiados o pólo de Marabá (PA), produtor de minério de ferro e ferro guza, Imperatriz, Balsas e Carolina (MA), o sul do Piauí, além de Vila do Conde e Barcarena, municípios da região metropolitana de Belém e que fazem parte do complexo portuário do porto São Francisco.

O metrô de Belo Horizonte também foi escolhido para figurar entre os projetos do acordo com o FMI. O projeto é do Ministério das Cidades. São recursos da ordem de R$ 81,6 milhões para concluir a linha 1, permitindo os 110 mil passageiros que ali trafegam diariamente não saiam do trem para fazer uma segunda viagem. "O inconveniente é que as pessoas esperam muito tempo e isso faz com que a capacidade de atendimento seja menor", explicou o assessor de comunicação da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), que controla o metrô da capital mineira.

Um trecho de 6 quilômetros dos 29 quilômetros que perfazem a linha 1 (entre a estação São Gabriel e Vilarinho) receberá sinalização para que o trem possa circular nas duas pistas. Além disso, com mais R$ 17 milhões de recursos destinados no orçamento proposto pelo Executivo, a estação será integrada e a CBTU, que controla o metrô, comprará mais uma locomotiva.