Centro de Biotecnologia na Amazônia receberá R$ 13 milhões de projeto piloto com FMI

21/01/2005 - 14h21

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Outra área transversal - que passa por ações dos ministérios do Meio Ambiente, da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – foi escolhida como projeto estruturante do acordo entre o governo brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI). É o Centro de Biotecnologia, atualmente coordenado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que receberá recursos de R$ 13 milhões. O objetivo do CBA, conforme explicou o coordenador do centro, Imar César de Araújo, é desenvolver produtos e processos a partir de elementos da biodiversidade da Amazônia. Para isso, vai usar o conhecimento desenvolvido em universidades e centros de pesquisa e ajudar na criação de empresas de biotecnologia. A idéia é investir em testes farmacológicos, de toxicologia, fitoterápicos, de cosméticos, de inseticidas e do aproveitamento nutritivo e terapêutico das frutas.

O prédio, situado em Manaus, foi construído em 2002. A partir daí, os investimentos foram destinados para atrair bolsistas e contratar pessoal. Os planos para 2005 incluem a montagem de 12 laboratórios e quatro unidades de apoio. Segundo Araújo, a equipe do CBA está elaborando projetos de viabilidade técnica para quatro produtos na área de alimentos. O resultado sai até setembro. O CBA deve consumir mais R$ 10 milhões em cinco anos, a serem investidos na elaboração de um modelo de gestão, contratação de pessoal e nos convênios com empresas que vão fabricar os produtos. "Está provado que investir em ciência e tecnologia dá retorno para o país. Veja o exemplo da Embrapa. É devido ao trabalho dessa grande instituição de pesquisa que o setor agrícola cresceu 114% nos últimos 10 anos e isso com crescimento de área plantada em apenas 7%", observou o coordenador do CBA. De acordo com Araújo, estudos comprovam que o trabalho realizado pela pesquisa dá retorno de 30% ao ano, nos países desenvolvidos.

O projeto de aperfeiçoamento das receitas tributária federal e previdenciária, que receberá R$ 500 milhões, visa ao maior controle da arrecadação de tributos para evitar fraudes e sonegação. O ministério da Integração Nacional ainda não tem os detalhes de quais as obras de irrigação e do Pró-Água integrarão o projeto piloto com o FMI.

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