Irene Lôbo e Carolina Pimentel
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, sinalizou na manhã desta quinta-feira (20) que é viável editar medida provisória que concede aumento de 17% para policiais e bombeiros do Distrito Federal. A informação foi dada pelos deputados que compõem a bancada do Distrito Federal no Congresso Nacional após se reunirem com o ministro. Segundo eles, Aldo prometeu consultar a Casa Civil e os ministérios da Fazenda e do Planejamento para conceder o reajuste aos servidores já em fevereiro. O aumento deverá beneficiar mais de 31 mil servidores da área de segurança pública do Distrito Federal.
O reajuste dos servidores foi sugerido na semana passada pelo governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, que se baseou numa lei federal que garante que toda variação positiva na receita da União dá o direito ao reajuste dos recursos dos fundos estaduais, de onde sai o pagamento dos servidores. Para o senador Paulo Octávio (PFL), o reajuste dev sair o mais rápido possível. "É importantíssimo que o governo edite a medida provisória do aumento da polícia civil, da polícia militar, dos bombeiros até o final desse mês, porque é importante que os vencimentos de toda a área de segurança de Brasília já tenha a partir de fevereiro o aumento que foi sugerido pelo governador Joaquim Roriz", afirmou.
A bancada do DF também pediu que o aumento seja dado de uma só vez a policiais militares, civis e bombeiros. Pela proposta do governo do DF, o policiais civis receberiam o aumento de 17% de uma só vez, enquanto policiais militares e bombeiros receberiam o reajuste em duas etapas.
"Eu acho que o percentual já está acertado, mas tem que sair na mesma proporção para todos. O que não pode é dar tratamento desigual para os iguais e isso a bancada conversou com o ministro. Já existe um distanciamento entre os salários da Polícia Civil e da Polícia Militar, não
podemos permitir que o distanciamento aumente. Por isso, pedimos que seja igual", afirmou o deputado Alberto Fraga (PTB).
A secretária de gestão administrativa do DF, Cecília Landim, afirmou que não há dinheiro suficiente para pagar policiais civis e militares de uma só vez, reiterando, no entanto, que poderá haver negociação. "Eu diria que não há recursos nos termos que estão colocados agora, mas nada impede que se inicie um processo de negociação para que nós possamos construir cenários para a verificação de outras possibilidades", afirmou.