Palocci diz que carga tributária deste ano não passará de 35.53%

20/01/2005 - 16h21

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que a carga tributária em 2005 será a mesma ou menor do que a de 2002, que foi de 35,53%. De acordo com o ministro, o recorde de arrecadação em 2004, de R$ 322,555 bilhões, foi resultado do crescimento econômico e da melhoria na forma de cobrança dos impostos. "O país teve a maior arrecadação e teve também o maior crescimento dos últimos anos", observou.

Palocci lembrou que a industria no ano passado cresceu mais do que nos últimos 18 anos e a industria paulista teve o maior crescimento de toda a sua história. "Esse crescimento expressivo traz arrecadação maior", disse. Ao rebater as afirmações de que a carga tributária está maior, o ministro advertiu que só será possível avaliar essa relação quando for divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) do ano.

Segundo o ministro, é compromisso do governo, desde que assumiu, não permitir uma carga tributária superior à de 2002. "Em 2003, apesar das vozes contrárias, quando o número real saiu, se mostrou que a carga tributária caiu. Em 2004, apesar de todas as avaliações apressadas, vamos verificar, quando os números do PIB saírem, que a carga tributária deve ficar ainda abaixo da de 2002", disse.

Segundo Palocci, no ano passado, os efeitos sobre a carga tributária, como a cobrança de impostos de produtos importados e a mudança nas características na cobrança da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) foram compensados pela desoneração de outros impostos. Ele citou a desoneração de bens de capital, da poupança de longo prazo, dos livros e dos bens de consumo popular, como arroz, feijão e farinha.

Palocci participou da solenidade de lançamento da rede pública de fiscalização da Bolsa Família, no Palácio do Planalto.