São Paulo, 19/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Central Única dos Trabalhadores,
Luiz Marinho, definiu como um "balde de água fria" a elevação da taxa de juros básica da economia para 18,25%, decidida no final da tarde pelo Comitê de Política Monetária. A crítica
foi veiculada no início da noite pelo site de internet da central.

Em seu site na internet, a Central afirma que "é desanimador começar 2005 constatando que o Comitê de Política Monetária e as autoridades econômicas do país se mantêm insensíveis diante da necessidade de medidas capazes de gerar crescimento sustentável na economia brasileira". E comenta que "agora, com mais 0,5 ponto percentual, o Copom joga um balde de água fria em todos aqueles que há muito desejam que o Brasil tenha um desenvolvimento econômico vigoroso, de longo prazo, com distribuição de renda e inclusão social".

O texto diz também que os efeitos negativos dessa elevação contínua dos juros "chegarão agora no nível do emprego" e finaliza propondo "choque de produção, através da elevação dos investimentos nos setores produtivos e da recuperação do nível de emprego e da massa salarial". E reitera, por fim, que "mais que metas inflacionárias, o País precisa adotar uma política econômica voltada ao estabelecimento de metas sociais".