Rio, 18/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai continuar com as investigações sobre o Clube dos Oriundos da Reserva e Reformados das Forças Armadas, uma empresa de financiamento imobiliário não-autorizada pelo Banco Central acusada de lesar pessoas em financiamentos da casa própria. A Operação Canaã, deflagrada hoje no Rio, tentou cumprir nove mandados de busca e dois de prisão contra dois sócios do clube: Jairo Emanoel da Silva Carvalho e Mauro Lúcio Domingos.
Jairo Emanoel foi preso em casa e encaminhado à Superintendência da PF no Rio, de onde deve ser transferido para o presídio Ary Franco. Mauro Lúcio ainda não foi encontrado. Os dois devem ser indiciados por crime contra o Sistema Financeiro Nacional e por formação de quadrilha. Segundo o titular da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF do Rio, Antonio Elias Ordacgy Jr., somadas, as penas para esses crimes chegam a 13 anos de prisão.
Ele disse acreditar que Jairo e Mauro são apenas laranjas dos verdadeiros responsáveis pelo esquema. "Acreditamos que há outros reais donos desse negócio. As investigações agora vão buscar isso", afirmou Ordacgy.
De acordo com o delegado, o clube prometia aos clientes que, depois de uma entrada e de algumas parcelas mensais, pagas durante um ou dois anos, sairia o financiamento para a casa própria. O problema, disse ele, é que, quando as pessoas procuravam o clube, depois de um ou dois anos pagando prestações, o clube não os atendia mais, ou concedia cheques sem fundo.