Candidatura de Greenhalgh recebe apoio do PL

18/01/2005 - 15h04

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), candidato da bancada petista à presidência da Câmara dos Deputados, recebeu hoje a adesão oficial do Partido Liberal. O anúncio foi feito após reunião no Ministério da Defesa, da qual participaram o vice-presidente José Alencar, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e o presidente e o líder do PL na Câmara, deputados Valdemar Costa Neto (SP) e Sandro Mabel (GO).

Ao defender a candidatura de Greenhalgh, o vice-presidente José Alencar afirmou que seu partido, o PL, apóia o candidato petista porque faz parte da base governista e, mesmo se não fizesse, apoiaria do mesmo jeito, pois o PT tem a maior bancada da Câmara. Sobre a possível candidatura avulsa do conterrâneo Virgílio Guimarães (PT-MG) ao mesmo cargo, Alencar teceu inúmeros elogios ao deputado, mas enfatizou que só apoiaria seu nome se essa fosse a escolha do governo.

"Eu gosto demais dele. Se ele for candidato do PT, obviamente, nós ficaremos muito satisfeitos e será o nosso candidato. Agora, isso é um problema de economia doméstica do partido, do PT. Quem decide quem é o candidato é o PT, não somos nós. O candidato do PL é o candidato oficial do PT", afirmou.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que seu partido não quer ser problema para o governo. Sobre a dissidência do deputado João Leão (BA), que apóia a candidatura do mineiro Virgílio Guimarães, Valdemar limitou-se a dizer que é normal haver posições contrárias no partido. "É natural que haja dissidência, se há no partido do governo é natural que também haja no PL. Isso de você perder um, dois ou cinco votos numa eleição é natural e você tem que respeitar a posição de cada um".

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sandro Mabel, disse que a oposição acontece porque esse é um momento em que se medem forças, e que por isso o partido tomou a decisão de apoiar oficialmente o candidato governista. Mabel afirmou que utilizará a estratégia do convencimento quando for pedir aos deputados votos para Greenhalg. "Não adianta falar para um deputado eu vou te punir e ele dizer que vai votar com você e não vota. Voto secreto sempre dá aquela vontade de traição, então nós vamos trabalhar com convencimento porque daí a traição não existirá", enfatizou.