Semana de definições na corrida pela presidência da Câmara

16/01/2005 - 10h58

Ellis Regina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Esta semana será decisiva em relação à corrida pela presidência da Câmara dos Deputados. Amanhã (17), o candidato oficial do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), reúne os coordenadores de campanha para definir o calendário de atividades para os próximos cinco dias e fazer um balanço das viagens realizadas a Sergipe, Piauí e Ceará. Nestes estados, o parlamentar manteve encontros com os governadores e as bancadas federais na tentativa de angariar votos para a sua candidatura. A eleição do sucessor de João Paulo cunha (PT-SP) à presidência da Câmara está prevista para 14 de fevereiro.

Esta semana, também, o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) deve decidir se lança ou não candidatura avulsa para concorrer ao pleito. O grupo chamado Câmara Forte, liderado pelo deputado João Leão (PL-BA), articula o lançamento oficial da candidatura independente do deputado mineiro para terça-feira (19). A decisão final, no entanto, cabe ao parlamentar, que passou os últimos dias em Florianópolis analisando a questão.

Sobre o assunto, o líder do governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP) lembrou - confiante na desistência de Virgílio - que o deputado mineiro "não nos faltou no passado e, com certeza, não vai nos faltar neste momento". Em relação à campanha de Greenhalgh, informou que, além das viagens, será realizada a partir desta semana encontros com as bancadas de outros partidos. "Estamos confiantes e muito firmes para consolidar e garantir a eleição de Greenhalgh", ressaltou.

Já o líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA), que também se lançou candidato à presidência da Câmara, pretende dar encaminhamento sozinho às atividades de campanha. O parlamentar diz não ser candidato do PFL. Pelo critério de proporcionalidade partidária,a legenda já tem direito à vaga na Mesa Diretora da Casa. "Minha candidatura é avulsa, embora saiba que tenho o apoio da maioria dos deputados", afirmou.

Até agora, acordo mesmo só existe para a sucessão à presidência do Senado. O atual presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP) anunciou, na última semana, após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consenso em torno do nome do atual líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), para dirigir a Casa nos próximos dois anos. Na ocasião, revelou que deverá se reunir (acompanhado de Calheiros) com o presidente Lula esta semana para decidir a nova composição do PMDB no governo a partir da reforma ministerial.