Graziela Sant'Anna
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As tsunamis e outras ameaças da natureza foram tema do programa Diálogo Brasil desta quarta-feira (12). As ondas gigantes na Ásia, provocadas por terremoto submarino (o maior desde 1964), causaram a morte de mais de 160 mil pessoas. O chefe do Observatório Sismológico da UnB, Lucas Vieira Barros, disse que "muita gente sabia que isso era possível". Segundo ele, a costa brasileira sentiu as conseqüências da tsunami no Rio de Janeiro.
Para o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Moacyr Duarte, a prevenção de um desastre como esse é possível, porém "o que deve ser observado é a preparação da sociedade para esse tipo de tragédia. Com as alterações que temos visto na natureza, nossas estratégias de defesa também deverão ser adaptadas para proteger a população, como a logística de deslocamento e reabrigagem", afirmou Duarte no programa, transmitido em rede pública de televisão gerada pela TV Nacional.
O ciclone Catarina, ocorrido em Santa Catarina, é um caso exemplar de planejamento estratégico eficaz. Com três dias de antecedência, a Defesa Civil foi avisada e tomou as medidas necessárias. O desenvolvimento de políticas públicas para enfrentar desastres naturais, aliadaa a tecnologias modernas de prevenção, é uma forma de evitar as consequências dos desastres ambientais. Carlos Bocunhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, disse que "uma análise do solo e uma orientação de políticas públicas devem ser providenciadas pelo governo para evitar desastres naturais".
O Diálogo Brasil discutiu também a influência das florestas nas mudanças climáticas mundiais. O diretor do Instituto Nacional de Meteorologia, Antonio Divino Moura, afirmou que as florestas são importantes reguladoras do clima.