Novo senador paraense defende punição para envolvidos na Operação Pororoca

11/01/2005 - 18h06

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O empresário Fernando de Souza Flexa Ribeiro (PSDB-PA) afirmou hoje, ao assumir a vaga do senador Duciomar Costa (PTB-PA), eleito prefeito de Belém, que é o maior interessado na punição dos culpados por desvio de verbas públicas e crimes contra a Receita Federal investigados pela Polícia Federal na Operação Pororoca. A operação foi deflagrada no dia 4 de novembro do ano passado.

Suplente de Duciomar Costa, o empresário Flexa Ribeiro teve seu nome envolvido no caso, investigado durante dois anos pela Polícia Federal. A Operação Pororoca resultou na prisão de 25 pessoas no Amapá, Pará, Minas Gerais e Distrito Federal e na emissão de 35 mandados de busca e apreensão em residências e empresas dos acusados.

Na cerimônia de posse, conduzida pelo segundo vice-presidente do Senado, Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), Flexa Ribeiro disse que não foi preso pela PF e que, tampouco, está sendo processado. "Apenas prestei um depoimento de 10 minutos, de meia lauda, na Polícia Federal. Não existe nada que me cause vergonha. Sou o maior interessado em que isso chegue ao final", afirmou o parlamentar, em discurso a senadores, deputados, empresários e parentes presentes à cerimônia.

A Polícia Federal investigou durante dois anos, inclusive com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, uma rede de corrupção especializada em fraudar licitações. Só no Amapá, a rede estaria envolvida em 17 obras que somariam R$ 103 milhões, segundo os números divulgados na época pela própria Polícia Federal. Fernando de Souza Flexa de Lima foi investigado por um possível envolvimento em fraude na licitação do porto de Santana, situado a 20 quilômetros de Macapá.