Brasília, 11/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil é o último país a participar das Saisons Culturelles (Temporadas Culturais), iniciadas na França em 1985 para homenagear e apresentar as manifestações culturais de um país estrangeiro. O Ano do Brasil na França, segundo a coordenadora geral do Comissariado do Ministério da Cultura, Daiana Castilho, vai durar 131 dias, de março a setembro, e nesse período os franceses e os visitantes de Paris poderão assistir a uma programação que mudará praticamente todos os dias, à exceção das áreas de exposição, onde as obras serão trocadas a cada 22 dias.
Hoje, no Rio de Janeiro, o ministro da Cultura lançou o Espaço Brasil, projeto que faz parte da programação do Ano do Brasil na França, reservado à manifestação da diversidade cultural dos estados brasileiros. As 27 unidades da federação foram convidadas, mas apenas Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará, Tocantins, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco e Ceará aceitaram o convite.
A coordenadora de música, artes cênicas e dança do Comissariado Brasileiro, Mequita Andrade, esclarece que o grande diferencial desse espaço está no fato dele ter sido alugado pelo governo brasileiro. "Não será o Brasil dentro do espaço francês, mas um espaço brasileiro dentro da França". Entre os países que já participaram das Temporadas Culturais francesas estão Japão, Índia, Argélia, Tunísia, Polônia e China, país homenageado em 2004.
O tema deste Ano do Brasil na França é "A Diversidade e a Modernidade". O Comissariado Brasileiro recebeu cerca de 2 mil projetos, dos quais foram selecionados cerca de 400, que mostram o que há de mais típico no Brasil. "Todos os gêneros musicais nacionais estarão representados", afirma a coordenadora.
Para Daiane Castilho, a participação do Brasil não se limita à área cultural. "Estar o ano inteiro em vários espaços, como museus e casas de espetáculos em todo o território francês é uma excelente oportunidade, não só para apresentar toda a sua cultura, mas para abrir portas para novos mercados e negócios para os produtos brasileiros. O retorno econômico para os países que participaram desse projeto atinge números muito consideráveis".
A área econômica é orientada pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e das Relações Exteriores. Daiane Castilho lembra que essa não é a primeira vez que o Brasil participa da homenagem francesa, mas agora é diferente: "O Brasil agora é moda na Europa e estamos aproveitando isso para apresentar um novo Brasil, essa é a proposta do governo federal."