Brasília , 6/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - Mesmo depois da conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite de ontem, no Palácio do Planalto, o deputado Virgílio Guimarães
(PT-MG) mantém a convicção da necessidade de uma candidatura avulsa nas eleições para a presidência da Câmara.
Segundo o parlamentar, essa opção foi feita pelo próprio PT, como a maior bancada na Casa, ao decidir o nome para o cargo antes de discuti-lo com os demais partidos da base aliada do governo. Um movimento suprapartidário definido como "Câmara Forte" defende o lançamento da candidatura avulsa do petista mineiro.
"A bancada do PT não tomou somente a decisão pela candidatura do deputado Luis Eduardo Greenhalgh (SP). Ela também tomou outras decisões. Decidiu, por exemplo, que a candidatura avulsa é legítima. Não entra na minha cabeça que o PT só seja contra a candidatura avulsa se ela ocorrer entre dois deputados do partido", afirmou Virgílio Guimarães.
O deputado informou ainda que a escolha do nome para disputar a presidência da Câmara será tema de discussão, a partir de agosto, durante o processo de renovação do Diretório Nacional do PT. Ele comentou que depois de referendado o nome de Luís Eduardo Greenhalgh, tomou conhecimento de "interferências de fora da bancada para direcionar a decisão. E ressalvou: "Tenho certeza de que não houve veto do Palácio do Planalto à minha candidatura".