Propriedade do presidente da Alerj é citada na lista suja do trabalho escravo

05/01/2005 - 18h23

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - O presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), Jorge Picciani, considera "encerrado" o assunto sobre a inclusão da sua proriedade Agropecuária Agrovás, localizada no Mato Grosso, na relação divulgada pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho, com os nomes dos empregadores que utilizariam trabalho escravo ou similar (leia mais em Ministério divulga nova versão da "lista suja" do trabalho escravo).

Segundo explicou à Agência Brasil a assessoria da Alerj, tudo o que Picciani teria a dizer está em nota publicada nesta quarta-feira. O advogado de Picciani, Sérgio Mazillo, também não foi encontrado pela reportagem. No texto da nota, o presidente da Alerj promete processar os responsáveis no Ministério do Trabalho pela inclusão da Agropecuária Agrovás na lista "suja" do trabalho escravo. Isso porque, segundo ele, já existe uma sentença transitada em julgado referente à ação civil pública, extinta em abril de 2004.

A assessoria lembrou que Picciani pagou todas as indenizações trabalhistas impostas à época da fiscalização efetuada na fazenda pelo grupo móvel do Ministério do Trabalho, em junho de 2003, acrescentando que o próprio Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso acabou retirando a queixa contra a Agrovás.