Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - Durante sua primeira reunião com o Conselho do Orçamento Participativo (OP) de Porto Alegre, o prefeito José Fogaça voltou a afirmar que o calendário de obras, estabelecido para 2005 pela administração anterior, será mantido. Ele disse que não pretende diminuir o volume de recursos destinados no Orçamento, dissipando o mal-estar com os conselheiros, criado no início da semana, quando se espalhou a notícia de que o novo prefeito planejava adiar a aprovação de novas obras para que as já votadas tivessem início.
Fogaça explicou que quer a manutenção das regras do OP, exatamente como eram até o governo passado, mas sugeriu a adoção de um critério de precedência para a realização de obras. Segundo ele, o secretário de Coordenação Política e Governança Local, Cézar Busatto, teria estudado o Plano de Investimentos 2005 e concluído que há mais recursos a serem destinados a obras atrasadas do que a novas realizações.
"Dos R$ 106,4 milhões que a prefeitura ainda precisa destinar a obras decididas pelo Orçamento Participativo, 64,8% (R$ 68,9 milhões) se referem a anos anteriores, enquanto 35,2% (R$ 37,5 milhões) estão previstos para 2005", disse Busatto. Já o ex-secretário de governo da prefeitura, Jorge Branco, garante que as administrações petistas tiveram 5,2 mil obras decididas pelo OP em 16 anos, das quais 4.580 teriam sido entregues, 300 estão em andamento e apenas 320 ainda não teriam sido iniciadas na parte física.
