Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Há 28 anos na Chapada Diamantina, o paulista Luís Francisco Krug, 53 anos, se orgulha de conhecer como ninguém o perfil dos turistas estrangeiros que visitam a região. Guia especializado em geologia, botânica e história, ele conta que os "gringos mochileiros" foram os primeiros a descobrir o local.
"Hoje, estrangeiros de mais idade, principalmente europeus, vêm aqui pelo histórico e pela ecologia da Chapada", revela Krug. "Outro dia, um holandês que esteve aqui disse que na Holanda o tempo inteiro você escuta um zumbido. Aqui, pela primeira vez ele escutou o silêncio."
Para atrair ainda mais a atenção dos turistas estrangeiros, a Embratur levou 15 operadores de turismo internacional a um passeio de três dias pela região. A iniciativa da Embratur faz parte do projeto Caravana Brasil, iniciado em 2003 com o objetivo de aumentar e diversificar a venda de pacotes turísticos para o Brasil no exterior.
O baixo número de guias com conhecimento de línguas estrangeiras foi um dos pontos negativos observados pela equipe que esteve no local. "Temos vários projetos e parceiros que podem ajudar a resolver alguns problemas", acredita Airton Pereira, diretor de Turismo, Lazer e Incentivo da Embratur. "São parcerias que dão resultado a médio e longo prazo. Mas, sem dúvida, a região tem grande potencial."
A espanhola Beatriz Rodrigues concorda com o diretor. Ela esteve na Chapada Diamantina em maio, mês considerado como baixa temporada. Em visita a um complexo de grutas no município de Iraquara, Beatriz ficou impressionada com a transparência das águas. "É um lugar muito bonito", afirma a espanhola, que soube das belezas da Chapada por um jornal em seu país.