Ministério da Educação prorroga inscrições ao ProUni

31/12/2004 - 12h19

Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As inscrições para a segunda fase de seleção do Programa Universidade para Todos (ProUni) foram prorrogadas até a próxima quarta-feira (5). O resultado será divulgado pelo Ministério da Educação na segunda-feira, dia 10 de janeiro. Os estudantes concorrem a 47.434 vagas para 1.135 instituições filantrópicas e particulares de todos os estados e do Distrito Federal.

De acordo com o ministro interino da Educação, Fernando Haddad, a prorrogação foi decidida após um balanço feito na primeira etapa de inscrições. "Cerca de um quarto das inscrições ocorreu no último dia. Mas hoje seria o último dia de inscrições e o último dia do ano. A situação poderia se complicar", afirmou.

Outra preocupação de Haddad é a baixa procura de indígenas e negros por bolsas integrais e parciais. Para se ter um idéia, apenas 4 mil pessoas concorrem a 14 mil bolsas, segundo ele. "Ainda não é possível determinar o porquê", acrescentou.

No total, o ProUni oferece 118.078 bolsas. O número de candidatos selecionados na primeira etapa foi de 64.982. Os portadores de necessidades especiais pré-selecionados foram 759. Já o número de negros e indígenas chegou a 20.967. O total de inscrições feitas nas duas fases, por enquanto, supera 350 mil.

Podem concorrer às vagas remanescentes os estudantes que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2002, 2003 ou 2004. Aqueles que não foram pré-selecionados na primeira fase poderão acessar sua ficha de inscrição na página eletrônica do ProUni e refazer as opções entre os cursos e habilitações disponíveis.

O candidato deve comprovar renda per capita de até um salário mínimo e meio por mês para concorrer às bolsas integrais. Para bolsas parciais, o valor é de até três salários mínimos.

Haddad fez também um balanço das ações do MEC em 2004. De acordo com ele, este foi o melhor ano da execução orçamentária ministerial. Cerca de 99% do orçamento destinado ao órgão foram efetivamente aplicados. "O que não foi aplicado é o valor destinado ao pagamento dos livros didáticos. Isso acontece porque é necessário ocorrer a postagem dos livros nas escolas para podermos liquidar e pagar a dívida com as gráficas, o que só acontecerá no próximo ano", explicou.

Segundo o secretário, há custos altos no orçamento do MEC. A merenda escolar é o item mais caro, com custo superior a R$ 1 bilhão por ano. Outra despesa relevante é a das universidades, aproximadamente R$ 700 milhões. "O normal é sobrar cerca de R$ 60 a R$ 70 milhões que poderiam ser empregados e não são", disse.