Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Orçamento Geral da União para 2005 prevê o investimento de R$ 2,8 bilhões em projetos estruturantes com retorno financeiro. Os recursos fazem parte de acordo feito pelo governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que prevê o saque de R$ 9 bilhões, num período de três anos a contar de 2005, de recursos que seriam utilizados para o estabelecimento de superávit primário em projetos de infra-estrutura.
Em 2005, a primeira parte dos R$ 2,8 bilhões será repassada para oito projetos. Mais da metade -R$ 1,745 bilhão - vai para a restauração, conservação e duplicação de rodovias. Neste sentido, R$ 1 bilhão será aplicado na restauração e conservação de rodovias federais e R$ 745 milhões para duplicação da BR-101 Sul, BR-101 Nordestes e adequação da Fernão Dias (BR-381), que liga Belo Horizonte a São Paulo.
O líder do governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN), destacou que estes recursos serão fundamentais para a recuperação de 14 mil quilômetros de estradas e a realização de "operações tapa-buracos" em 20 mil quilômetros. "O país demanda mais recursos do que existem no orçamento. Eles nunca são suficientes para as obras de infra-estrutura e investimentos sociais", destacou o senador.
Os oito projetos que receberão os investimentos dos recursos acordados com o FMI foram definidos pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, informou o relator geral do orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Além das obras em rodovias federais, também serão investidos R$ 226,1 milhões na adequação, recuperação e ampliação de portos; R$ 150 milhões nas eclusas nos rios Tucuruí-Tocantins; R$ 81,6 milhões no metrô de Belo Horizonte (MG); R$
59,7 milhões em projetos de irrigação e ao Pró-Água; R$ 500 milhões para projetos de aperfeiçoamento das receitas tributária federal e previdenciária; e R$ 17,6 milhões para projetos de Centro de Biotecnologia da Amazônia e Laboratório de Meteorologia.