Brasília - O Itamaraty já recebeu mais de uma centena de telefonemas de pessoas buscando informações sobre parentes e amigos que estavam na região atingida pelo maremoto no final de semana passado. Em entrevista à jornalista Eugênia Fernandes da Rádio Nacional o Embaixador Marco Antonio Diniz Brandão, que está na ilha tailandesa de Puhket faz um relato da situação do país.
Eugênia - Existem informações dando conmta de que há mais 10 ou 20 brasileiros desaparecidos na Tailândia. O senhor confirma essa notícia?"
Brandão - Não confirmo. Não tenho nenhuma informação sobre isso.
Eugênia - Seriam pessoas cujas famílias teriam ligado para o Itamaraty.
Brandão - Quero dizer que há vários pedidos de informação, mas são por pessoas que estão viajando pela Tailândia, não necessariamente aqui nessa região.
Eugênia - E como está a situação ai em Puhket?
Brandão - Evidentemente que está havendo muita mobilização, um grande esforço todo de recuperação das vítimas, de procura das pessoas atingidas, mas a cidade está funcionando.
Eugênia - Mas existem condições de saúde, por exemplo?
Brandão - Existem. A Tailândia não foi atingida tão fortemente nesse aspecto quanto os outros países, assim toda a infra-estrutura continua funcionando, não há nenhum problema de saúde por aqui.
Eugênia - Sobre a diplomata brasileira, foi confirmada hoje a sua morte e do seu filho?
Brandão - Sim. Já tem uma nota do Ministério das Relações Exteriores sobre isso, se não me engano.
Eugênia - E o que ocorrer agora em seguida? O corpo virá para o Brasil?
Brandão - Ainda é muito cedo para saber exatamente o que vai acontecer, mas normalmente é assim que acontece.
Eugência - E o senhor fica em Puhket até quando?
Brandão - Possivelmente mais alguns dias. Vou avaliar a situação para saber até quando fico.
Eugênia - E a avaliação seria sobre exatamente que critérios?
Brandão - Saber, por exemplo, a quantidade de brasileiros que estejam me procurando, ou que possam me fazer pedidos. Esse é o critério básico.