Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pelo sétimo mês consecutivo, a taxa de desemprego caiu, em novembro, nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo, passando de 17,6% para 17,4% da População Economicamente Ativa (PEA), que subiu de um total de 15 milhões e 637 mil para 15 milhões e 656 mil pessoas. É a menor taxa desde julho de 2001, mas a pequena oscilação na comparação mensal mostra uma certa estabilidade no mercado de trabalho.
O número de desempregados alcançou 1 milhão e 749 mil pessoas, 21 mil a menos do que em outubro. Essa redução foi obtida com o saldo positivo entre o total de contratações e demissões, em 17 mil, e com a saída de 4 mil pessoas do mercado. O nível de ocupação atingiu a ligeira elevação de 0,2%, praticamente, estável. Houve crescimento de 34 mil postos nos serviços e de 19 mil no comércio, compensando o corte de 5 mil vagas na indústria e de 31 mil em outros setores com predomínio de redução nas contratações voltadas para tarefas domésticas.
Os dados foram divulgados hoje pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), que estão completando 20 anos de trabalho conjunto na pesquisa sobre o emprego e o desemprego.
De acordo com o levantamento, os trabalhadores conquistaram melhoria nos ganhos mensais. Entre setembro e outubro, os rendimentos médios dos ocupados (ao todo somam 8,3 milhões) subiram 2,4%, passando a valer R$ 1.020 enquanto os assalariados (5,2 milhões) tiveram elevação de 3% com a média de vencimentos na ordem de R$ 1.096.
A pesquisa mostra ainda que em novembro houve uma relativa melhoria nas condições de trabalho com a redução de 1,9% nas contratações sem carteira assinada e elevação de 0,7% nas admissões com carteira. No setor público, houve uma expansão de 2,5% e no trabalho autônomos, 1,2%.
Na comparação com novembro do ano passado, a maior expansão do emprego foi constatada em atividades ligadas as operações de crédito, que inclui os bancos, com taxa de variação de 24,4%, seguida pelo setor de alimentação com aumento de 15,3% e de reformas na construção civil, em 11,9%.