Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A carne suína valorizou-se no mercardo internacional e o Brasil está obtendo este ano um faturamento 35% maior em exportações, com os volumes embarcados praticamente estáveis. No balanço divulgado pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora da Carne Suína (Abipecs), a receita cambial das exportações deverá alcançar US$ 737 milhões contra US$ 546,6 milhões de 2003.
O volume total exportado este ano deverá somar 500 mil toneladas, pouco acima das 490 mil toneladas embarcadas em 2003. Mas o preço médio da carne suína este ano ficou em US$ 1.498 a tonelada, um aumento de 36% em relação ao ano passado. Em novembro, especificamente, o preço médio da carne suína brasileira foi de US$ 1.833 a tonelada, o mais elevado em todo este ano e 37% acima do valor médio de novembro de 2003.
Em 2004, segundo a Abipecs, os produtores brasileiros conseguiram fechar contratos com 25 novos países compradores, ampliando o total para 84 mercados internacionais. Tiveram destaque no ano a Ucrânia, que passou de apenas 96 toneladas compradas em 2003 para 30.816 toneladas este ano, e a África do Sul, que comprou 71% mais (11.408 toneladas).
No caso da Rússia, segundo a associação dos exportadores, "o maior mercado da carne suína brasileira, os embarques tiveram uma redução de 12,5%, situando-se em 263.566 toneladas. O resultado foi obtido apesar do sistema de cotas e de dois embargos - injustificados - por parte do governo russo".