Danielle Gurgel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O coordenador-geral do Fórum Nacional do Trabalho (FNT), Oswaldo Bargas, afirmou que não há motivos para os trabalhadores ficarem preocupados com as discussões sobre a reforma trabalhista. "O governo quer que as relações de trabalho sejam mais simplificadas. Hoje nós temos uma legislação muito burocratizada, e ela precisa ser adequada. Os trabalhadores não vão perder aquilo que conquistaram ao longo de décadas, como o 13º salário e as férias", garantiu Bargas, em entrevista à Rádio Nacional AM.
O Fórum Nacional do Trabalho tem como objetivo discutir e definir pontos de negociação sobre os princípios que devem reger a nova legislação do trabalho. O grupo de negociação é composto por três bancadas: a dos trabalhadores, a dos empregadores e a do governo. Coordenado pela Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, o fórum visa também modernizar as instituições de regulação do trabalho, como a reforma sindical, que já foi concluída e enviada à Casa Civil.
De acordo com Bargas, as negociações sobre a reforma trabalhista deverão ocorrer até julho, ou agosto, e depois deverá ser elaborado um projeto de lei. "Assim como na reforma sindical, nós conseguimos consenso em mais de 90% das questões, eu penso que também na reforma trabalhista vamos chegar a esse mesmo nível de acordo entre trabalhadores e empregadores. Creio que, no final do próximo ano, o projeto de lei deverá ser encaminhado ao Congresso", afirmou Bargas. Ele acredita que os parlamentares deverão apenas aperfeiçoar, e não mudar os acordos negociados entre trabalhadores e empregadores.