Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O ano de 2004 foi um período de crescimento em que a indústria, o comércio e os serviços deram sustentação para que a economia brasileira possa crescer cerca de 5,5%, contrariando previsão de 4% feita no início de janeiro. "É um ano positivo, é um campeonato que termina, é uma taça que vai para o quadro de recordações", afirmou nesta segunda-feira (20) o ministro do Desenvolvimento, Indústrica e Comércio, Luiz Fernando Furlan. Segundo o ministro, as questões para o próximo ano são: comportamento das exportações e geração de emprego.
Furlan acredita que as exportações fecharão o ano acima de US$ 94 bilhões, uma vez que até o último domingo os números revelavam receita de US$ 92 bilhões. A meta estimada para 2004 é alcançar o saldo de US$ 32 bilhões - resultado da diferença das exportações menos importações, que estão superiores a U$62 bilhões.
Furlan revelou que, diferentemente dos anos anteriores, em que o saldo da balança teve forte influência das importações, 2004 apresentou um crescimento equilibrado entre exportações (30%)e importações (28%). "É um crescimento saudável que mostra que o mercado interno brasileiro demanda mais produtos importados, principalmente matérias-primas, componentes, bens de capital, mas também produtos de consumo que ajudam de uma forma ou de outra a estimular a competitividade no mercado interno".
Em 2002, o saldo da balança foi de US$ 13 bilhões, sendo US$ 11 bilhões decorrentes da queda das importações e US$ 2 bilhões do aumento das exportações. Em 2003, registrou-se crescimento das exportações de US$ 60 bilhões para US$ 73 bilhões e as importações cresceram moderadamente 3%.