Brasília - No mundo, o câncer do intestino atinge, a cada ano, cerca de 800 a 1 milhão de pessoas. No Brasil, são em torno de 20 a 40 mil casos novos anualmente e 8 mil mortos por ano decorrentes do câncer de intestino, segundo o médico Fábio Lopez Queiroz, presidente do Departamento de Coloproctologia da Associação Médica de Minas.

Em entrevista a Rádio Nacional AM, Queiroz explica que a doença tem uma parte hereditária familiar que é muito importante, mas pode ser evitada com bons hábitos de vida. "A alimentação não deve ser pobre em fibras", diz. "A ingestão de álcool também aumenta o risco da doença".

Para o presidente da associação médica mineira, o ideal é detectar o problema antes dele acontecer. E que já podem ser identificados alguns sinais de alerta. "A presença de sangue nas fezes, a dificuldade de evacuar, dor abdominal em cólica e alteração do hábito intestinal, são sintomas de alerta que podem indicar o aparecimento da doença.

O médico alerta que todo individuo do sexo masculino e feminino, a partir dos 50 anos de idade, deve fazer a prevenção da doença. "O do exame proctológico e a pesquisa de sangue oculto nas fezes, por exemplo, são alguns testes", explica. "Além disso, aquelas pessoas que tem história na família ou que tem alguma doença inflamatória do intestino, como a Doença de Crohn e reto-colite ulcerativa, devem procurar um médico mais precocemente".

Ainda de acordo com Fábio Queiroz, o tratamento precoce é muito importante. "Quando ele é feito em estágio inicial, tem a chance de cura de mais de 90%", diz.