Liésio Pereira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Tribunal Regional Federal (TRF) condenou hoje por formação de quadrilha 10 dos 11 réus presos na Operação Anaconda, da Polícia Federal. Segundo a assessoria do tribunal, após quatro dias de julgamento, seis acusados foram condenados por unanimidade: o juiz federal João Carlos da Rocha Mattos (três anos de prisão); sua ex-mulher, a auditora fiscal da PF Norma Cunha (dois anos e seis meses); os delegados da PF José Augusto Bellini e Jorge Luiz Bezerra da Silva (três anos); o agente da PF César Herman Rodrigues (três anos); e o delegado Afonso Passarelli Filho (dois anos).

Os demais condenados foram o delegado Carlos Alberto da Costa Silva (dois anos de prisão); os empresários Sérgio Chiamarelli Júnior (nove meses) e Vagner Rocha (dois anos e três meses); e o juiz Casem Mazloum (dois anos), que teve sua pena revertida em prestação de serviços à comunidade. O corregedor da PF, Dirceu Bertin, foi absolvido das acusações.

Todos os réus denunciados pela Operação Anaconda ainda serão julgados por corrupção passiva e falsidade ideológica. O juiz Ali Mazloum conseguiu, já no primeiro dia dos trabalhos, habeas corpus do Supremo Tribunal Federal para não ser julgado.

O julgamento começou na manhã de terça-feira (14) e prosseguiu até hoje. Os trabalhos de ontem foram realizados, sem suspensão, das 9h30 até a manhã de hoje. Não houve interrupções até que foi proferida a sentença. A imprensa não teve acesso ao julgamento.

A Operação Anaconda foi realizada pela Polícia Federal para investigar suposto esquema de venda de sentenças para traficantes. A operação foi deflagrada em 30 de outubro de 2003.