Recife, 17/12/04 (Agência Brasil - ABr) - O grupo italiano Mossi&Ghisolfi (M&G), que se associou à Petrobras para instalar dois empreendimentos industriais no complexo portuário de Suape, vai investir US$ 800 milhões, o equivalente a R$ 2,5 bilhões, em Pernambuco. O protocolo de intenções para viabilizar a construção do projeto, denominado Pólo Poliéster, será assinado na próxima quinta-feira (22) em Recife, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes do grupo italiano, da Petrobras e do governo do estado.
O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Saúde, Humberto Costa, em entrevista coletiva da qual participou também o presidente da Associação de Empresas do Estado de Pernambuco (Assipa), Mário Beltrão, do presidente da Petrobras Química (Petroquisa), Kuniyuki Terabe, e do representante da M&G, Plínio Carvalho.
A Petrobras entra como parceira da iniciativa financiando 49% dos investimentos.
O ministro Humberto Costa, que intermediou as negociações entre a M&G e o governo federal, iniciadas há um ano, destacou que a construção das unidades fabris no Brasil significa que o país conquistou a confiança dos investidores internacionais por ter conseguido controlar a inflação e alcançado o equilíbrio econômico na balança comercial.
"Trabalhamos junto ao Ministério da Indústria e Comércio, à Petrobras e ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), discutindo alternativas de financiamento do empreendimento, mas o que pesou para que o investimento beneficiasse Pernambuco, foi a decisão do presidente Lula, principalmente em função da geração de empregos e pela situação geográfica do estado, que facilitará as exportações", disse o ministro.
O pólo vai abrigar uma fábrica de embalagens pet, usadas para acondicionar refrigerantes, água mineral, alimentos e óleo combustível, com capacidade de produção de 450 mil toneladas por ano.
O outro empreendimento será destinado à produção de ácido teraftálico purificado PTA - matéria prima usada na fabricação de poliéster para abastecer a indústria têxtil.
O Pólo Poliester, que vai ser construído em um período de dois a três anos, irá gerar três mil empregos, durante a realização das obras físicas, e 300, nas duas fábricas.
Atualmente, o Brasil importa a resina do poliéster, fibra usada na fabricação de meias, tecidos, confecções e lingeries, que se mistura a outros componentes, principalmente o algodão. Com o empreendimento, o produto além de abastecer o mercado interno, passará a ser exportado para outros países da América do Sul, Europa e Estados Unidos.