População adulta brasileira não corre risco de desnutrição, segundo pesquisa

16/12/2004 - 7h13

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 (POF) divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a população adulta brasileira não está exposta aos riscos de desnutrição e que a taxa de 4% de pessoas com déficit de peso, ou 3,8 milhões de magros, está compatível com os padrões internacionais determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), cujas taxas entre 5% e 10% configuram baixa exposição à desnutrição; entre 10% e 20%, moderada; entre 20% e 30%, alta e acima de 30%, muito alta.

O estudo mostra que a prevalência de déficit de peso é igual ou superior a 5% para homens com mais de 74 anos de idade, que tendem a emagrecer devido à constituição física ou por causa de doenças, e para mulheres com menos de 30 anos, devido ao efeito dieta ou por não terem ainda se constituído fisicamente na totalidade. O déficit de peso diminui entre homens e mulheres à medida que os rendimentos aumentam. No caso da população masculina, é de 4,5% quando os rendimentos per capita são iguais ou inferiores a ¼ de salário mínimo e de 1,3% para os rendimentos superiores a 5 salários mínimos per capita. Já entre as mulheres, são próximos a 5% quando os rendimentos são menores que dois salários mínimos per capita e de 8,5% quando o rendimento per capita é inferior a ¼ de salário mínimo.