Bianca Estrella
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A equipe da Força-Tarefa Previdenciária, através da Operação Fênix, prendeu 12 pessoas de uma quadrilha especializada em fraudar benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), no Rio Grande do Sul. Eles serão autuados por estelionato contra a Previdência Social e formação de quadrilha. Nenhum dos acusados é servidor do INSS.

Há cerca de 10 meses, foi iniciada uma investigação policial no estado com o objetivo de desmantelar a organização criminosa formada por médicos particulares e segurados do INSS, que recebiam benefícios por incapacidade. Na maioria das vezes as doenças alegadas eram doenças psíquicas, como depressão, esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar. Os médicos forneciam atestados falsos e cobravam de R$ 130 a R$ 150 pelo serviço. A estimativa é que a quadrilha tenha causado um prejuízo de mais de R$ 4 milhões ao INSS e tenha iniciado seus trabalhos em 2000.

O grupo de trabalho da Assessoria de Pesquisa Estratégica (APE) do Ministério da Previdência realizará perícias médicas nas pessoas que tiveram seus benefícios fraudados pela quadrilha e que estão sob suspeita de fraude. O objetivo é comprovar que as doenças alegadas para a concessão dos benefícios são inexistentes.

O trabalho da equipe de Força-Tarefa Previdenciária no combate à corrupção, dentro da Previdência Social, tem se intensificado. O grupo, formado por técnicos da Assessoria de Pesquisa Estratégica (APE), do Ministério da Previdência Social, por policiais federais, e por procuradores da República, tem escritórios montados em 19 estados brasileiros.

Nos dois últimos anos, a Força-Tarefa Previdenciária conseguiu prender 262 pessoas acusadas de fraudar o INSS. No período de janeiro a outubro deste ano, foram presas 164 pessoas, 51 delas em flagrante. Atualmente, o INSS deixa de pagar mais de R$ 10,5 milhões por mês em benefícios previdenciários fraudulentos.

Com informações da Agência de Notícias da Previdência Social - AgPrev.