Elisângela Cordeiro
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física e o reajuste do salário mínimo ficaram aquém do ideal, mas o aumento do mínimo deverá ajudar no aquecimento da economia. A afirmação é do economista Carlos Eduardo Oliveira Júnior, membro do Conselho Regional de Economia (Corecon/SP). Para ele, existe espaço para o governo elevar um pouco mais a correção da tabela do Imposto de Renda, estabelecendo um patamar mais elevado que os 10% autorizados. "O acumulado é de 49%. Óbvio que o governo não vai chegar, ninguém faria isso. Poderia subir um pouco mais, 17%, 18%", afirmou o economista.
Sobre o reajuste do salário mínimo para R$ 300, Oliveira Júnior disse que o aumento foi o possível para o Orçamento da União, Previdência Social, prefeituras e pequenas empresas. Para ele, o reajuste está aquém do necessário, mas deverá auxiliar no aquecimento da economia. "Vai provocar um consumo maior de uma parcela da população. Sempre que ocorre o aumento da massa salarial, ocorre o aumento do consumo", observou.
Segundo o economista, o reajuste do mínimo está dentro das medidas que o governo têm tomado na busca pelo reaquecimento da economia. De acordo com o economista, o aumento do microcrédito, o microcrédito com débito em conta salário e até mesmo a aprovação da Lei de Falências que, em longo prazo, deve se refletir em empréstimos mais baratos para as empresas, em razão de riscos menores, fazem com que "aos poucos o governo vá liberando o crescimento da economia".