Marcelo Gutierres e Paulo Montoia
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo - O crescimento do faturamento de exportações foi o principal destaque do balanço anual do setor de tintas. Números da Associação dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) indicam que o setor deverá encerrar o ano com crescimento de 33% nas exportações, em comparação com o ano passado, somando US$ 92 milhões. A produção nacional cresceu 6% e o total do faturamento de vendas, calculado em dólares, subiu 14%.
O setor de tintas deverá fechar 2004 com faturamento de US$ 1,5 bilhão, com 913 milhões de litros produzidos, contra US$ 1,32 bilhão e 860 milhões, respectivamente, em 2003. A Associação atribui à recuperação econômica o bem desempenho do setor.
Em documento divulgado pela Abrafati, o presidente da associação, Dilson Ferreira, destaca que "a maior demanda por veículos, eletrodomésticos, móveis e outros produtos que usam tinta no mercado interno e a intensificação do esforço exportador de alguns desses segmentos levaram a um aumento significativo das vendas de tintas automotivas e industriais. São produtos com maior valor agregado, que têm um peso considerável no faturamento total do setor".
O texto destaca também, como segundo fator de peso, "o incentivo do governo Lula à construção civil – liberando verbas para financiamentos através da Caixa Econômica Federal e regulamentando mudanças na legislação que estimulam a compra de imóveis". Segundo Ferreira, "o estímulo a esse setor repercute diretamente em diversos outros, como a indústria de tintas. É um fato muito positivo para nós, pois imóveis novos respondem por uma parcela importante das vendas totais de tintas imobiliárias", diz Ferreira.
A Abrafati espera manter o ritmo do crescimento em 2005. E estima que as indústrias deverão investir, até 2008, cerca de US$ 300 milhões em instalações, ampliação de produção, modernização de plantas, aquisição de equipamentos e lançamento de produtos.
